Hamlet, de William Shakespeare

Considerado o maior escritor da língua inglesa e o mais influente dramaturgo do mundo, poeta e ator, William Shakespeare (1564 – 1616) é o responsável por obras como Romeu e Julieta, Rei Lear, Macbeth, Sonho de uma Noite de Verão, A Megera Domada e por aí vai.

Hamlet é uma de suas poderosas tragédias.


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Peça mais longa de Shakespeare, escrita entre 1599 e 1601, Hamlet marcou a literatura mundial com toda a sua estrutura e relevância.

Hamlet conta a história do Príncipe Hamlet, da Dinamarca, que tenta vingar a morte do pai, Hamlet, o rei, executado por Cláudio, seu irmão, que o envenenou e tomou seu trono casando-se com a rainha.

O famoso enredo de constituição dramática e essência característica sustenta um clima de mistério e tensão que toma conta de toda a continuidade da peça.

O texto de Shakespeare valoriza componentes que fazem da literatura o mérito da tradição. As ações são bem formadas e entrelaçadas com a retórica do poeta inglês, do enredo à linguagem.

Hamlet traz raiva, loucura e sofrimento ao abordar incesto, traição e moralidade. Em temas de corrupção, os sentimentos e embates psicológicos borbulham nessa obra clássica.

Com a desgraça originada da vingança em foco, são os conflitos internos das personagens que marcam a história de Hamlet.

“Ser ou não ser, eis a questão.”

Viva a Língua Brasileira!, de Sérgio Rodrigues

“Este livro é uma declaração de amor à língua portuguesa falada no Brasil.”

Sérgio Rodrigues é escritor, jornalista e crítico literário. Com a experiência de quem mantém na imprensa colunas sobre o mundo da linguagem, da etimologia à gramática, o autor faz de seu livro, lançado em 2016, um manual excelente sobre o sexto idioma mais falado do mundo – o seu, o meu, o nosso. Viva a Língua Brasileira!


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Qual a diferença entre câmara e câmera? Qual é o certo, Antártida ou Antártica? Qual devo usar: americano, norte-americano ou estadunidense?

Como se escreve? Cãibra ou câimbra? Expresso ou Espresso? Listrado ou listado?

É fruto ou é fruta? História ou estória? Louro ou loiro?

Como se fala? Gratuito. Recorde. Roraima. Subsídio.

Elefante fêmea é elefoa? E o “de menor”? Uso “sito” ou “situado”? Qual o diminutivo de xícara?

Por que falamos em “baixa autoestima”? “De encontro a” ou “ao encontro de”? É errado dizer “muito pouco”?

“Todo dia” ou “todo o dia”? “Todo mundo” ou “todo o mundo”?

Afinal, é “chego” ou “chegado”? É tão absurdo alguém usar a palavra “perca”?

Anexo, em anexo, no anexo. Não existe engenheiro elétrico! Risco de vida e risco de morte.

“Entre eu e eles” ou “entre mim e eles”? “Eram uma vez”? “Vende-se casas”?

Incluso e incluído. Obrigado e obrigada. Presidente e presidenta.

O que é, o que é? Avatar, bizarro, drone, escopo, fundamentalismo, incumbente, proativo, spam, trollar. Qual o verdadeiro significado?

Por que é morto e não matado? Obsessão e obcecado.

Acabar em pizza. Arranca-rabo. Arroz de festa. Chorar pitanga. Até aí morreu o Neves. Gato pingado. Pé na jaca. Por um triz. Sete chaves. Virar casaca. Fim da picada.

Viva a Língua Brasileira! reúne verbetes e tira as dúvidas mais frequentes dos falantes do nosso idioma. Nada sob um olhar severo da gramática, mas sim de um escritor apaixonado e especializado na língua portuguesa.

Sérgio Rodrigues não quer apenas apontar o certo e o errado, mas mostrar porque as coisas são assim. Entre o normativo e o moderno, o livro traz as polêmicas mais comuns da ortografia à pronúncia, cuida dos modismos, das dúvidas numéricas e das palavras emergentes. Dá a origem de expressões idiomáticas, mostra os erros que estão virando acertos e conta lendas etimológicas.

Viva a Língua Brasileira! tem boa proposta e bons argumentos. De certa forma, como um pequeno e modesto modo, reinventa a língua que tanto gosta de se reinventar. E o faz bem!

Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva

Autor do best-seller Feliz Ano Velho, Marcelo Rubens Paiva põe nas páginas de Ainda Estou Aqui mais pouco da sua própria história de vida. No livro anterior, o relato do acidente que o deixou tetraplégico. Neste, o primeiro trauma, sofrido na infância.

Em Ainda Estou Aqui, o escritor brasileiro volta ao passado para reviver o desaparecimento do pai, o deputado federal Rubens Paiva, cassado no golpe de 1964, torturado e morto por militares em 1971.


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Escrever sobre a própria vida: talvez um dos maiores propósitos de Marcelo Rubens Paiva. Foi assim que o filho decidiu escrever sobre um dos tantos casos da ditadura militar, o caso de Rubens Paiva, o próprio pai. Desaparecimento, tortura, enterro, exumação.

Mas o livro que era para ser sobre a história do pai transformou-se num livro sobre a história da mãe. Eunice Paiva, a mãe do autor. É ela a personagem principal de Ainda Estou Aqui. É ela a personagem principal da batalha que a família enfrentou contra a ditadura.

“A memória não é a capacidade de organizar e classificar recordações em arquivos. Não existem arquivos. A acumulação do passado sobre ao passado prossegue até o nosso fim, memória sobre memória, através de memórias que se misturam, deturpadas, bloqueadas, recorrentes ou escondidas, ou reprimidas, ou blindadas por um instinto de sobrevivência. Uma fogueira no alto ajudaria. Mas ela se apaga com o tempo. E não conseguimos navegas de volta para casa.”

A vida dos Paiva virou de cabeça para baixo no período da ditadura. Quando homens armados invadiram a casa da família no Rio de Janeiro e levaram o patriarca, tudo mudou. E para sempre. A partir daquele dia, o deputado nunca mais foi visto pela família.

Reconstituindo fatos, abrindo certas feridas, relatando discursos de amigos e testemunhas, o autor de Ainda Estou Aqui expõe desde os porões da ditadura, das torturas físicas e psicológicas, até o desespero e a tentativa de sobrevivência de sua família.

Nesse livro de memórias, Marcelo Rubens Paiva conta o que sua família passou nesse período difícil. Enquanto buscavam informações sobre o pai, a mãe, Eunice, assumiu o controle da família. Com mais de 40 anos de idade, entrou na faculdade de Direito e ficou com a total responsabilidade de sustentar os filhos.

Ainda nesse meio tempo, Eunice passou a sofrer de Alzheimer e sua memória foi, aos poucos, sendo apagada. “Ainda Estou Aqui” parece ser, na verdade, a frase que a mãe do autor repetia a cada confusão mental.

“A memória é uma mágica não desvendada. Um truque da vida. Uma memória não se acumula sobre outra, mas ao lado. A memória recente não é resgatada antes da milésima. Elas se embaralharam.”

Marcelo Rubens Paiva é muito sincero em seus relatos. Não se poupa, não poupa a mãe, a família, ninguém. É reto e direto, sem pelúcias.

Apesar disso, o livro vale por dois; e pode ser encarado por dois também.

Ainda Estou Aqui é uma obra sobre o horror da ditadura militar, sobre as consequências de uma família que lutou contra ela, sobre a sobrevivência dos Paiva. Um filho escrevendo sobre a história do pai.

Ainda Estou Aqui é também um filho escrevendo sobre a história da mãe. É uma homenagem a ela, um livro que tenta, de certa forma, manter viva a memória de uma mulher que passou por tanta coisa e que nunca deixou de estar aqui.

“Mas e quando o presente não faz sentido? Quando ele passa a não existir, vira um furacão de imagens, um vento que impede de se enxergar com clareza, é substituído pela memória? (…) a memória também se apaga.”

Iracema, de José de Alencar

O índio. A mulher. A natureza. Iracema é uma história de amor, mas não é apenas sob o amor que José de Alencar se debruça na obra de 1865.

Na pintura da literatura brasileira, Iracema, a virgem dos lábios de mel, é a representação da figura do índio, da beleza da mulher e da riqueza da natureza.


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“O amor de Iracema é como o vento dos areais; mata a flor das árvores.”

Dividida em 33 capítulos, a obra conta a história de Martim, um colonizador português, de Iracema, uma índia tabajara, e do amor que surgiu e cresceu entre eles.

Narrado em terceira pessoa, o livro tem a costumeira linguagem imagética e quase poética de José de Alencar, tão cheia de metáforas e representações simbólicas.

O uso de elementos da língua indígena pode criar certa aversão de alguns leitores, mas é neste ponto que está a beleza da narrativa do autor, que faz de Iracema uma história inteiramente rica quanto a grandeza da natureza.

Alencar recupera nossa origem e valoriza nossa identidade. Por mais que exista, na história, a entrada do estrangeiro, a cultura européia que se faz pela figura do branco colonizador, é nos valores indígenas que Iracema se põe como uma obra altamente brasileira.

Além disso, o livro expressa, pelo enredo, o nacionalismo de uma lenda, a lenda da fundação do estado do Ceará.

Outras interpretações, puxadas pela história, colocam à vista a submissão do indígena ao colonizador português, relacionando isto ao amor de Iracema por Martim, que a faz abandonar sua família, seu povo e sua religião.

Aberto a elas, o livro torna-se clássico da literatura brasileira. E nada generalizado: Iracema é uma das principais representações do indianismo do movimento romântico literário.

“Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.

O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.”