Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, de J.K. Rowling +

Impensável não falar de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada. Indiscutível o fato de que: Harry Potter é Harry Potter. Você pode nunca ter lido, nunca ter assistido, mas nunca ter ouvido falar de Harry Potter é inimaginável.

Estamos chegando ao ano de 2017. O primeiro livro da série Harry Potter foi lançado em 1997. Ou seja, há 20 anos. O sétimo e último livro foi publicado em 2007. Ou seja, há 10 anos. A série britânica Harry Potter, de J.K. Rowling, atravessou gerações e marcou a história da literatura mundial. E isso é incontestável.

O sucesso literário foi ainda maior com as megaproduções cinematográficas. Os filmes da série Harry Potter também pararam o mundo “trouxa” quando foram lançados entre 2001 e 2011.

O fato é que Harry Potter é Harry Potter e quando tudo acabou a comoção foi geral. Mas quando foi anunciado que a “oitava história” seria lançada, os fãs do bruxo mais famoso deliraram. Depois de tudo o que Harry Potter fez, ele voltou.

Harry Potter e a Criança Amaldiçoada é diferente. A história voltou não como todos conheciam. O formato é outro, a proposta é outra. Mas a magia que existe no universo Harry Potter parece imortal.


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Harry Potter e a Criança Amaldiçoada é uma peça de teatro – e não um romance como os sete livros anteriores da série. É uma peça de duas partes escrita por Jack Thorne e baseada na história da autora J.K. Rowling, responsável pelo sucesso de toda a série literária, de Thorne e do diretor John Tiffany. Portanto, assim como consta na obra, os créditos de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada são de J.K. Rowling (história original), Jack Thorne (história original e roteiro) e John Tiffany (história original e direção).

A peça teve sua estreia no dia 30 de julho de 2016 no Palace Theatre, em Londres, na Inglaterra. O livro, portanto, é o roteiro da peça, e também é dividido em duas partes e dois atos cada.

Recém-lançado no Brasil, o livro é uma Edição Especial do Roteiro de Ensaio. Isto é, é a versão do roteiro da peça no período de produção do espetáculo. Quer dizer, o roteiro pode ter sofrido pequenas mudanças durante a exibição da peça. Mas a preocupação com isso é inexistente. A Edição Definitiva será lançada em 2017.

Antes de falar sobre a história, quero esclarecer uma coisa. Harry Potter e a Criança Amaldiçoada é anunciado como a “oitava história” da série. Cronologicamente, com as publicações das obras, é verdade. Afinal, antes dele, são sete livros publicados. No entanto, Harry Potter e a Criança Amaldiçoada NÃO É uma continuação! Ok? Então vamos lá!

(ALOU ALOU CONTÉM SPOILER – Caso não queira ler spoilers, passe direto para o penúltimo parágrafo)

A história da peça acontece dezenove anos depois do fim de Harry Potter e as Relíquias da Morte, o último livro da série. Ou seja, Harry Potter, agora, é um adulto, com família formada e tudo.

Casado com Gina Weasley, Harry Potter tem três filhos: Tiago Sirius, o mais velho, Alvo Severo, o filho do meio, e Lílian Luna, a caçula. Quem conhece toda a história da série britânica sabe muito bem a importância de cada um desses nomes. Afinal, Tiago e Lilían eram os pais de Harry. Alvo é Dumbledore. Severo é Snape. E Sirius Black e Luna Lovegood também são personagens significativos da história.

Mas o enredo de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada concentra-se no filho do meio de Harry, Alvo Severo Potter, um garoto que luta para lidar com o pesado legado da família.

Harry, agora, é um sobrecarregado funcionário do Ministério da Magia, comandado por quem? Hermione Granger! Sim, Hermione não poderia ficar de fora da história. Rony Weasley, é claro, também não. Os dois, agora, são os pais de Hugo e Rosa Granger-Weasley.

Enquanto Harry vive com o passado que todos conheceram, chega a hora do filho, Alvo Severo, ir para Hogwarts. E como Harry nos ensinou, a amizade é essencial. Alvo, então, vira muito amigo de outro personagem super importante para a história. Estou falando de Escórpio Malfoy. Sim, o filho de Draco Malfoy. As duas crianças, de pais “inimigos”, tornam-se amigos.

Eu poderia falar que a história se repete, porque Alvo Potter se sente como o patinho feio da família. Mas o filho de Harry, em Hogwarts, não vai para a Grifinória e sim, tam tam tam tammmm, para a Sonserina.

O enredo se desenrola e os dois novos amigos são os travessos da história. Com o objetivo de corrigir supostos erros do passado, Alvo e Escórpio decidem viajar no tempo. Mas nem tudo dá certo. Enquanto isso, os adultos precisam, no presente, pensar em como podem resolver o que os garotos causaram e estão causando.

Muitos personagens conhecidos do universo Harry Potter são incluídos nessa “oitava história”. Hagrid, a professora McGonagall, Amos Diggory e muitos outros. A ideia de voltar ao tempo permitiu também a presença de antigos personagens, como Dumbledore, Snape e Cedrico.

Voldemort, é claro, está por trás da vilania do enredo, mas de um jeito um pouco diferente. Mas chega de spoilers! Não darei o final da história. Leiam!

(FIM DOS SPOILERS)

Harry Potter e a Criança Amaldiçoada pode não ser o tamanho sucesso que foi toda a série literária, mas é um enorme presente para os fãs. Por ser a adaptação do roteiro de uma peça, a leitura é rápida, fluída, pois é feita em diálogos. Mas tenho que dizer: a oportunidade de ler Harry Potter de um jeito diferente, de voltar ao universo que tanto marcou a literatura e a vida de muitos jovens, de ter de volta um pouquinho da extraordinária magia que J.K. Rowling lançou ao mundo, a oportunidade é linda.

Como eu disse anteriormente, não é uma continuação, mas, sim, é uma “oitava história” da série Harry Potter. É tudo de um jeito meio diferente, mas, ao mesmo tempo, é tudo muito igual – e de um jeito bom. Harry Potter é Harry Potter e essa magia, que tanto conquistou os trouxas, que tanto fez sucesso, essa magia inesquecível, nunca acaba. Harry Potter e a Criança Amaldiçoada é a prova disso.

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