6 romances de José Saramago

6 romances de José SaramagoO povoado português da vila de Golegã não cogitava que aquele menino, filho e neto de agricultores, nascido no dia 16 de novembro de 1922, se tornaria um dos escritores mais notáveis mundialmente. José Saramago cresceu em Lisboa e desde pequeno demonstrou seu fascínio pela cultura, pelos estudos e pela literatura.

Prêmios não faltam, incluindo o Nobel de Literatura de 1998 e o Prêmio Camões de 1995. Com alto reconhecimento pela prosa em língua portuguesa, Saramago ficou conhecido também por seu ateísmo e iberismo. Foi membro do Partido Comunista Português, trabalhou em jornal, escreveu crônicas, contos, poesias, peças teatrais…

A marcante narrativa de Saramago, da utilização de frases longas, da pontuação que foge do tradicional, dos diálogos correntes, da interação proposital do fluxo de consciência entre o real e o imaginário, é resultado de sua grande característica textual que se dá ao estilo oral da linguagem. Característica que o tornou único e altamente respeitado no tratamento da língua portuguesa.

José Saramago faleceu em 2010, no dia 18 de junho, aos 87 anos. Eu poderia falar de muitas de suas obras, mas separei seis romances que estão entre os mais conhecidos do grande escritor português. Saramago merece.

Memorial do Convento

Publicado em 1982, é uma grande crítica, assim como tantas obras de Saramago. Exploração, classe social, natureza humana, autoridade e poder político. Acima de tudo, corrupção religiosa. 

O Evangelho Segundo Jesus Cristo

De 1991, conta a história da vida de Jesus, mas de uma forma contemporânea e, claro, crítica. Maria Madalena, crucificação, distância da representação tradicional do Evangelho. Polemicamente, o livro que perseguiu Saramago e o fez abandonar Portugal.

Ensaio Sobre a Cegueira

Primeira resenha do Ser de Livros (leia ou releia aqui). Publicado em 1995, uma das obras mais famosas do escritor, virou filme em 2008. Romance norteado por uma cegueira que toma o mundo e o leitor de forma forte e surpreendemente sofrida. Um tapa na cara da sociedade e do ser humano.

O Homem Duplicado

Escrito em 2002, tem no enredo um professor de História que descobre ter um sósia. Um confronto embaraçado. Questão de identidade. Suspense obscuro de Saramago.

Ensaio Sobre a Lucidez

Crítica, outra, às instituições de poder político, trama governo, autoridade e democracia. Internamente conectado a Ensaio Sobre a Cegueira, um especilho moderno de 2004.

As Intermitências da Morte

Vida e morte. Qual o sentido – se há algum sentido – da nossa existência? Publicado em 2005, amplamente temperado pela ironia e sátira de Saramago, reflete e critica (!) a sociedade contemporânea, a Igreja, o governo, a imprensa, a economia, a filosofia, a família, a saúde, a funerária e por aí vai. Característica maior: a personificação da morte e seus sentimentos.

Em junho, trago a resenha de um desses livros para cá. Aguarde!


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